Vivemos um Verão quente a vários níveis e cheio de contrastes, sendo as suas consequências imprevisíveis e sinal de ventos fortes de mudança. Depois dos líderes Israelitas e Palestinianos terem ido ao Vaticano rezar pela Paz com o Papa Francisco, dá-se início a um horrível genocídio de Israel sobre a Palestina. A guerra da Crimeia fez vítimas civis num avião com quase 300 inocentes (por muito menos que isso iniciou-se a primeira guerra mundial há 100 anos atrás). A Comunidade internacional limita-se a assistir a toda esta barbárie sem nada fazer.
A nível nacional, escândalo atrás de escândalo tem levado o principal banco privado português a desaparecer na Bolsa de Valores dia para dia, resta saber se vai realmente desaparecer do mapa através da aquisição estrangeira. Em termos políticos, começam as diretas para a Presidência da República no PSD, enquanto o PS continua a sua luta fratricida que incendia as hostes socialistas de norte a sul do País numa ausência total de discussão de ideias: veremos o que restará do PS no final de Setembro. O Bloco de Esquerda, depois de dar à luz o MAS e o LIVRE, vai ter o seu terceiro filho. Como Bloco, passou à história da democracia portuguesa.
No Ribatejo, vemos alguns sinais de mudança, uma mudança silenciosa dentro da Igreja. No dia 14 de Julho, realizaram-se 8 ordenações diaconais e 2 presbiterais no Largo do Seminário. Com a falta de padres e com o envelhecer do Clero existente, a Igreja de Santarém tem vindo a adaptar-se fazendo cumprir o Concílio do Vaticano II. A Igreja vai mudando aos poucos, uma mudança que vem de baixo para cima, estando a hierarquia atenta e a guiar esta mudança progressiva. Com as ordenações deste ano, passam a existir na Diocese 15 diáconos permanentes, sendo a sua maioria homens casados. Homens disponíveis para o serviço à Comunidade e ao próximo, principalmente no campo socio-caritativo. Sendo um exemplo para a sociedade do dar-se ao outro gratuitamente e um sinal de esperança, rompendo a ditadura do individualismo e do relativismo que hoje imperam no nosso mundo.
Arménio Gomes