Maria Domingas Mendoça, cabeça-de-lista da coligação MUDA ALPIARÇA (PSD/CDS/MPT), foi eleita Presidente da Assembleia de Freguesia. Até aqui, nada de especial, a não ser o facto de ter encabeçado a força politica menos votada neste órgão autárquico.
Do escrutínio de 1 de outubro, foram atribuídos os seguintes mandatos:
- 6 – PCP/PEV (1.768 votos)
- 6 – PS (1.545 votos)
- 1 – PSD/CDS/MPT (322 votos)
Não tendo a CDU conseguido a maioria absoluta, estará assim dependente da sua capacidade de persuadir outros eleitos da Assembleia de Freguesia na aprovação de documentos de gestão e outras propostas.
Alpiarça é bem conhecida pelo ambiente de permanente crispação politica entre a CDU e o PS. Se o anterior Presidente da Assembleia de Freguesia (CDU) demonstrou por diversas vezes não ter estado à altura do cargo, principalmente pela forma como geria essas situações de crispação politica, acredito agora que a eleição de alguém exterior a este conflito garantirá uma equidistância das quezílias partidárias e permitirá que os trabalhos sejam dirigidos com a devida isenção e elevação que é exigida ao titular deste cargo.
Houve quem não tivesse ficado satisfeito com esta eleição, e vários destacados militantes socialistas manifestaram esse mesmo desagrado. Não pela eleição da Maria Domingas Mendoça, mas principalmente por não garantirem uma espécie de ‘geringonça’ de derrotados que tornassem a Junta de Freguesia de Alpiarça ingovernável. A minha opinião, é que Alpiarça não precisa de geringonças para subverter o resultado eleitoral. Precisa sim, de políticos responsáveis que saibam honrar o voto de confiança que o eleitorado lhes confiou.