A falta de financiamento por parte do governo foi o motivo invocado pela Câmara Municipal de Ourém para o cancelamento da candidatura ao Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), anunciado na reunião da autarquia de terça-feira, 29 de abril.
A candidatura, que surgiu principalmente para fazer face aos prejuízos causados pelo grande incêndio florestal que fustigou o concelho de setembro de 2012, tinha um valor aprovado que rondava os 500 mil euros, mas a tutela preparava-se para operar um corte de 322 mil euros, segundo a informação que chegou à autarquia no passado dia 15 de abril.
Paulo Fonseca, o presidente da Câmara de Ourém, considera “lamentável” o corte aplicado ao financiamento do CLDS, e sustenta que não há razão para manter a candidatura.
“Não faz sentido que a execução do plano esteja centrada na contratação de recursos humanos e execução de ações de formação, deixando de fora ações fundamentais como as referentes à aquisição de maquinaria, recuperação habitacional, recuperação das escolas destinadas à concretização de ações que permitiriam melhorar a qualidade de vidas das pessoas”, afirmou Paulo Fonseca na declaração que leu na última reunião de Câmara.
Os incêndios que assolaram o concelho entre os dias 2 e 7 de setembro de 2012 provocaram prejuízos na ordem dos 13 milhões de euros, e deixaram famílias com habitações danificadas, alfaias agrícolas e terrenos queimados, entre outros danos.