O Hospital de Tomar realizou esta semana a sua primeira biópsia de fusão da próstata, um procedimento de última geração que passa agora a estar disponível na instituição para o diagnóstico precoce do cancro da próstata, doença cujo mês de sensibilização se assinala em novembro.
A biópsia de fusão, realizada sob anestesia geral, no bloco operatório, é considerada o “padrão de ouro” no diagnóstico desta doença. A precisão que a técnica permite é muito superior à biópsia clássica. Ao contrário da técnica clássica, guiada unicamente por ecografia, a biópsia de fusão utiliza igualmente as imagens da ressonância magnética multiparamétrica da próstata, que permitem identificar as lesões suspeitas. Estas imagens são sobrepostas com as da ecografia, permitindo biopsar com precisão lesões de 4 a 5 milímetros.
“Trata-se de uma técnica moderna e altamente diferenciada, que nos permite identificar lesões pequenas e detetar o cancro da próstata numa fase inicial, quando o tratamento tem maior sucesso e é menos invasivo. É um passo muito importante na melhoria contínua da qualidade dos cuidados que prestamos aos nossos utentes, em benefício da sua saúde”, sublinha João Rabindranath Dias, diretor do Serviço de Urologia da ULS Médio Tejo.
Os especialistas recomendam que os homens a partir dos 50 anos — ou a partir dos 45 anos, se tiverem antecedentes familiares de cancro da próstata — conversem com o seu médico de família ou urologista sobre a necessidade de realizar exames de vigilância, nomeadamente a dosagem do PSA (antigénio prostático específico) através de uma simples análise clínica. A vigilância regular é essencial para detetar alterações precoces e melhorar o prognóstico e sucesso no tratamento.































