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Muitos clubes caíram porque ficaram parados no tempo

Ao longo dos 24 anos em que esteve à frente da Associação de Futebol de Santarém, Rui Manhoso conheceu centenas de dirigentes mas alguns marcaram-no mais que outros. Os presidentes do Fazendense, Chamusca e Cartaxo, merecem uma referência especial.

Quais foram os dirigentes que mais o marcaram?

O Botas Moreira, do Fazendense, foi um dirigente que me marcou e por isso quando sai quis dar-lhe um prémio. Não quer dizer que seja melhor que os outros mas é um exemplo de dedicação e empenho. Recordo-me também do Fernando Milheiro, da Chamusca, que quando teve problemas pessoais devido à doença do filho, saiu e o clube caiu quando tinha um excelente campo. Mas há muitos outros que fizeram dos seus clubes o seu projeto pessoal e que se dedicam de tal maneira que depois quando saem o clube sente muito. Mas há outros casos, como o do Avelar Marques, do Cartaxo, que também fez um óptimo trabalho mas soube preparar o clube para a sua saída.

Os clubes precisam de se reinventar?

Muitos clubes não renovaram estrutruras e não meteram gente nova. Ouve ideias que podiam ter sido implementadas mas que foram desvalorizadas… eu recebo alertas no telemovel com os clubes a convidarem para os jogos de futsal, por exemplo, mas de futebol é muito raro. Há muita gente com ideias que podiam ajudar mas os clubes estão fechados sem si mesmos.

Tentei lançar uma coisa que foi aproveitada por alguns clubes mas que não teve o alcance que eu imaginava. Achei que deviamos ter um representante da associação em cada concelho. Alguém que ativasse determinadas ações e os clubes se sentissemn mais acomopanhados. Consegui Abrantes e Tomar mas foi só.

Também tentei fazer parcerias com o estado mas depois os clubes não aderiam,. Quisemos ir aos jovens de cada coletividade e formá-los com conhecimentos de contabilidade e marketing mas poucos aproveitaram.

Entrei muitas vezes em sedes de clubes que eram nas casas dos dirigentes. Quando aquele homem saia o clube quase acabva. Nem os filhos queriam continuar.

Os clubes ficaram muito tempo agarrados aos subsidios das autarquias e perderam agilidade para procurar outras soluções de financiamaneto?

Tivemos dois períodos diferentes: um em que se arranjava dinheiro com rifas e peditórios mas que acabou porque as pessoas até ganharam algum pudor em pedir. Então viraram-se para as câmaras mas quando elas fecharam a torneira já não sabem o que hão-de fazer. As proprias associações e federações chegaram a um nível de custos que não podem baixar.

 

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