Um conjunto de frescos raros foi descoberto no interior da Capela da Igreja de Santa Maria do Castelo, em Abrantes, durante os trabalhos de conservação e restauro das pinturas murais e da limpeza e conservação dos azulejos que revestem o altar-mor.
A descoberta foi feita técnicos em conservação e restauro da “Mural da História”, a empresa responsável pelos trabalhos que ali decorrem desde 2013, ao abrigo um protocolo entre a Câmara de Abrantes e a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), entidade que tutela este templo quatrocentista, classificado como monumento nacional.
O autarquia está a diligenciar com a DGPC a realização de uma nova intervenção, “tendente à remoção e reposição do acervo de azulejaria mudéjar e ao interesse generalizado de conhecer, preservar e divulgar os novos frescos da Igreja de Santa Maria do Castelo e do fabuloso Panteão dos Almeida”, explica uma nota de imprensa da Câmara de Abrantes.
Segundo os especialistas, este conjunto de frescos, que está localizado na parede esquerda do altar-mor, por detrás do túmulo de D. Lopo de Almeida, é bastante rico e deverá ter sido executado na primeira metade do século XV.
A obra apresenta afinidades estilísticas com a pintura de S. Francisco de Leiria e a da capela do Palácio da Vila em Sintra. Estão localizados permitindo perceber a continuidade da decoração mural.
A pintura encontra-se parcialmente a descoberto, podendo essa parte ser observada pelos visitantes do templo, localizado no interior do Castelo da Cidade.