Questionada pela agência Lusa, na sequência da informação prestada terça-feira na reunião do executivo municipal escalabitano sobre os danos causados na escola por ausência de medidas preventivas, apesar de alertada para as condições climatéricas adversas, a Empribuild afirmou que “adotou todas as medidas cautelares necessárias entre o dia 28 de outubro e o dia 29 de outubro”.
A empresa afirma que teve “equipas em exclusividade a cobrir provisoriamente a cobertura 1 da Escola Ginestal Machado”, mas, sábado de manhã, foi informada que “estava a entrar água em todas as salas no edifício em causa, deteriorando, designadamente, o mobiliário necessário à utilização pela comunidade escolar”, nomeadamente, “cadeiras, quadros e equipamentos elétricos”.
“A Empribuild reuniu imediatamente cerca de 15 homens para tentar diminuir todo o impacto ocorrido”, os quais “estão em permanência desde esse momento, quase 24h/24h, a realizar os mais diversos esforços para que os danos não se agravem”, acrescenta.
Na nota de resposta à Lusa, a administração da empresa afirma que já participou o sinistro à sua seguradora e garante que “fará sempre parte da solução”.
Na reunião da autarquia desta terça-feira, o presidente, Ricardo Gonçalves, responsabilizou a empresa pelos danos na escola, sublinhando que aos prejuízos materiais se somam os “transtornos causados, que não são mensuráveis”, nomeadamente, ao obrigar os alunos dos 10.º, 11.º e 12.º anos a regressarem ao ensino à distância.
Ricardo Gonçalves explicou que, enquanto dono da obra numa instalação que pertence à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), o município alertou o empreiteiro, na passada quinta-feira, para os danos que poderiam ser causados pelo mau tempo caso a situação não fosse acautelada atempadamente.
O autarca afirmou que a empresa tem alegado atrasos na entrega de material, o que não considera aceitável, já que a Empribuild ganhou quatro dos cinco lotes da empreitada lançada pelo município para a remoção das coberturas de fibrocimento de escolas do concelho que são propriedade da DGEstE e tem a decorrer obras idênticas por todo o país.
Disse ainda que o lote entregue a outra empresa, na EB 2,3 D. João II, já está concluído, sendo que dos quatro entregues à Empribuild dois ainda não se iniciaram (nas EB 2,3 de Pernes e Alexandre Herculano) e os que se iniciaram (na EB 2,3 Mem Ramires e na Secundária Ginestal Machado) arrancaram já com as aulas do novo ano letivo a decorrerem e com a empresa a alegar falta de material para avançar com a obra.
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