Os serviços de urgência das unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) passaram a ter disponíveis, diariamente, entre uma e duas dezenas de vagas de atendimento no Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo.
Estas vagas referem-se a encaminhamento de doentes que foram classificados com as prioridades médicas de “pouco urgente”, “não urgente”– as chamadas pulseiras “verdes”, “azuis” e “brancas” que, atualmente e desde o último trimestre de 2022, representam mais de metade dos atendimentos das urgências do CHMT.
Este protocolo de referenciação de doentes foi estabelecido entre o CHMT e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). Tem como objetivo atenuar os constrangimentos assistenciais dos Serviços de Urgência das três unidades hospitalares do CHMT, causados pelo peso excessivo dos atendimentos não urgentes, promovendo, paralelamente, uma maior literacia dos utentes para uma utilização racional dos serviços de urgência da região.
As urgências do CHMT vão, assim, passar a propor aos doentes a quem foi atribuída uma prioridade de atendimento “não urgente” ou “pouco urgente” a marcação de uma consulta no centro de saúde, ou unidade de saúde familiar, para o próprio dia ou, no máximo, para o dia seguinte.
A sugestão de atendimento alternativo à urgência hospitalar, onde as pulseiras “verdes” e “azuis” podem ter tempos de espera elevados e riscos para a saúde, porque há risco de contrair doenças infeciosas em ambiente hospitalar, é realizada pelo enfermeiro responsável, imediatamente concluída a avaliação e triagem do doente.
Este protocolo é, no entanto, de adesão voluntária pelo utente – o doente tem de voluntariamente concordar, por escrito, esse encaminhamento para o centro de saúde, ou unidade de saúde familiar da sua área de residência.