O Hospital Distrital de Santarém (HDS) está a atribuir uma “identidade digital” às unidades de sangue que recebe, através de um equipamento que utiliza tecnologia por radiofrequência.
Este “projeto pioneiro permite localizar, em tempo real, os componentes sanguíneos, assim como monitorizar ativamente os processos de transfusão”, explica o diretor do serviço de Imunohemoterapia, João Moura, que apresentou o projeto no congresso anual da “International Society of Blood Transfusion” (ISBT).
O clínico explica que “esta tecnologia permite que as unidades de sangue do banco do hospital fiquem codificadas com as informações que são relevantes do ponto de vista imunohematológico.
"Fazemos o estudo da unidade de sangue, a quantificação de anticorpos e a identificação de compatibilidades ou incompatibilidades”, refere João Moura, comparando a informação que é gerada a uma espécie de “bilhete eletrónico digital” da unidade de sangue.
A “informação gerada através desta tecnologia fica centralizada e disponível num software, o que permite um acompanhamento das disponibilidades, das condições e das características de cada unidade de sangue”, segundo uma nota de imprensa do HDS.
João Moura aponta como grande vantagem a minimização da intervenção humana, tornando os processos mais informatizados e automatizados, além de que restringe “a possibilidade de erro na escolha das unidades de sangue, o que, consequentemente, aumenta a segurança”.
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