O executivo da Câmara Municipal de Santarém aprovou esta segunda-feira, 18 de abril, com os votos a favor do PSD e do PS e a abstenção do Chega, os relatório e contas das empresas municipais Águas de Santarém e Viver Santarém, referentes ao ano de 2021.
O presidente do Conselho de Administração da Águas de Santarém, Ramiro Matos, apresentou os principais indicadores da empresa, tendo destacado, entre outros, um decréscimo de 43% no absentismo, o reconhecimento da empresa como uma das 50 melhores empresas para trabalhar, prémio conferido pela Revista Exame em parceria com a AESE, e a certificação no Sistema de Gestão de Conciliação entre a Vida Profissional, Familiar e Pessoal, sendo a primeira empresa do distrito de Santarém a alcançar esta certificação.
No domínio operacional, Ramiro Matos destacou a redução acentuada de perdas de água, com a diminuição da água não faturada em cerca de 8% (diferença entre a água aduzida e a água faturada), situando-se este indicador em cerca de 23%, que passa para 20% se deduzida a água utilizada por bombeiros e em manutenção.
Distinguida, mais um ano, com o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano, a águas de Santarém terminou o ano de 2021 com 99,89% de resultados de análises de água dentro dos parâmetros definidos pelo Regulador, e de 99,06% nos resultados de águas residuais, registando, ainda, uma avaliação muito positiva por parte dos seus clientes (77% de avaliações como Excelente e Bom).
Em termos financeiros, apesar dos constrangimentos por força da COVID-19, em que os apoios diretos e indiretos às famílias, IPSS e empresas do concelho se traduziram numa perda de receita (por bonificação de tarifas) de cerca de 328.000€, a Águas de Santarém registou um investimento recorde, superando os 4 milhões de euros, que significa um aumento de 69,21% face ao ano de 2020 (ele próprio um ano com aumento de investimento face aos anos anteriores).
No que se refere à Viver Santarém, Carlos Coutinho, administrador da empresa que agora centrou a sua atividade apenas a parte desportiva da autarquia, tendo deixado de ser responsável pelos grandes eventos como o Festival de Gastronomia ou as Festas da Cidade, destacou os efeitos da pandemia na quebra de receitas do Parque Aquático, a principal fonte de receitas da empresa.
Face a este cenário, a empresa necessitou de subsídios à exploração na ordem dos 28,5% do total dos rendimentos, nomeadamente cerca de 348 mil euros provenientes do contrato-programa celebrado com a Câmara, 186 mil euros da reposição do equilíbrio de contas, também por parte do município, acionista único da empresa, e 253 mil euros do IAPMEI, ao abrigo do apoio às empresas na retoma de atividade.