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Alterações Climáticas – Breve reflexão

RUI BARREIRO

Num mundo globalizado, as alterações climáticas são um problema sem precedentes, quer nos desafios, quer na sua escala de intervenção. Se os desafios colocados pelas alterações climáticas que temos pela frente são globais, desde a produção de alimentos ao aumento do nível médio do mar, o impacto mais forte das alterações climáticas far-se-á sentir nos mais pobres.

Só um envolvimento dos países desenvolvidos e em desenvolvimento pode atacar eficazmente as alterações climáticas e conseguir garantir que no século XXI se reduza a pobreza.

“As populações mais pobres são as mais vulneráveis, pelo que atualmente a política de combate e adaptação às alterações climáticas tem que ser encarada como parte de uma estratégia de redução da pobreza e desenvolvimento humano.” (Carla Gomes, 2010).

O resultado da análise dos cenários climáticos sugere que a agricultura e o bem-estar humano são extremamente vulneráveis às alterações climáticas. Em 2050, haverá um declínio da disponibilidade calórica que irá aumentar a má nutrição infantil em cerca de 20% relativamente a um mundo sem alterações climáticas (IFPRI, 2009).

Algumas das civilizações antigas que entraram em declínio e desapareceram tiveram como principal responsável a escassez de alimentos. Para os Sumérios, o aumento do nível de sal no solo – resultado de um erro no sistema de irrigação – derrubou as produções de trigo e cevada e, consequentemente, a própria civilização. Para os Maias, a erosão do solo em virtude de uma série de secas intensas minou a oferta de alimentos e a sua civilização. Será que enfrentamos um destino semelhante? (Brown, 2009).

Em 1798, Thomas Malthus enunciou a sua lei geral sobre a demografia, postulando que a população cresce necessariamente mais depressa do que os alimentos disponíveis, até que a guerra, a doença ou a fome reduzam o número de pessoas. Os avanços científicos e tecnológicos proporcionaram melhorias provocando um aumento da esperança de vida. De facto, nos dois séculos que se seguiram às suas declarações, segundo as quais a população não podia continuar a crescer vertiginosamente, o que sucedeu foi exatamente o contrário.

Durante a década de 70, “centenas de milhões de pessoas morrerão de fome”, previu Paul Ehrlich o mais famoso dos malthusianos modernos, anunciando que era demasiado tarde para o evitar (NG, 2011). Na realidade isso não aconteceu. O engenho e a arte do homem permitiu evitar a “profecia”.

O número de pessoas é importante. Mas a forma como as pessoas consomem os recursos importa mais. O desafio fundamental do futuro consiste em saber reduzir a pobreza e o impacte de cada um na Terra.

 

Rui Pedro de Sousa Barreiro

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