Como já tinha previsto nas últimas crónicas a corrida eleitoral autárquica começa a desenhar-se e as notícias vão surgindo, mas a conta-gotas, aproveitando e até utilizando o espaço da comunicação social, tão necessitada de noticias, para o show-off da praxe.
Os “mentideros” locais vão falando e as contas vão-se fazendo, com a eventualidade da ida ás urnas de 5 ou 6 partidos políticos e de 2 ou 3 movimentos independentes, as opções parecem muitas, mas será que este acréscimo de participação na democracia equivalerá efectivamente a um acréscimo de debate, de ideias e de democracia real?
Infelizmente tenho muitas dúvidas. Não que não existam pessoas com capacidade, conhecimentos e vontade de discutir esse tema tão difícil que é “Almeirim”, mas o que geralmente acontece, até ver, são campanhas eleitorais dominadas por coisa nenhuma a não ser chicana politica, em que uns apresentam as propostas e outros sem qualquer tipo de ideias que sejam do domínio publico, ganham a reboque de um “networking suspeito”, quiçá a mascarar alguma “cacicagem”, tão usual nos chamados partidos do bloco central.
Ficámos entretanto a saber que o candidato Jota cá da terra tem um projecto a 10 anos; O que não esclareceu, nem ninguém perguntou, diga-se, é o que constará de um projecto de alguém que tem responsabilidades activas na política local há mais de uma década. E não me venham dizer: Ah, o Sr. Presidente não deixou e tal… porque isso é hipocrisia pura, pois quem aceita fazer parte de uma equipa de trabalho durante tanto tempo é porque está totalmente sintonizado e co-responsabilizado por tudo de positivo e de negativo que aconteceu durante esses mandatos.
E permitam-me ainda que vos lembre, se é que não vos toca pessoalmente, que estes últimos anos têm sido terríveis para Almeirim e para as gentes deste concelho, a todos os níveis, na economia, no emprego, na educação e na saúde.
Paulo Cristiano Marques
