Sex, 13 Setembro 2024

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Apanhados

mario santiago

Mário Santiago

Estou cada vez mais convencido que o melhor que as redes sociais nos trouxe foi conhecermos o pior delas.

Dou como exemplo a avalanche de elogios à reação casuística de Catarina Martins (Bloco de Esquerda) à encenação (aliás, péssima encenação) de um episódio de violência verbal entre namorados num parque publico bastante frequentado.

Não é que condene a atitude da senhora – longe disso! Acho que manteve uma postura correta perante a confrontação subitamente educada do ator quando interpelado por esta, não fosse ela também atriz de profissão. É mesmo porque fico sem saber como reagiriam outros protagonistas da vida politica nacional em situações similares e por muitos consideradas socialmente condenáveis.

Por exemplo, tenho dúvidas sobre como reagiriam:

  1. … o Deputado do PAN (Partido dos Animais), se num passeio solitário pelo Alentejo profundo e ermo apanhasse um grupo de robustos caçadores ribatejanos, exibindo uma farta cabeleira nos peitorais, e armados até aos dentes na caça ao javali. Será que sacaria do programa eleitoral do PAN e recitaria o ponto em que proíbe o uso de animais como instrumentos de caça e defesa das condições de bem-estar dos animais?
  2. … a líder do CDS-PP Assunção Cristas se confrontada com uma cena de sexo oral entre homossexuais na festa do Avante. Será que chamaria os seguranças da Festa ou daria ali mesmo uma prédica sobre a interpretação bíblica da destruição de Sodoma e Gomorra?
  3. … a Maria Papoila do Partido Ecologista Os Verdes (há quem o designe pelo Partido da Melancia – verdes por fora, vermelhos por dentro), se numa ação politica numa herdade alentejana encontrasse um Agricultor numa vinha de 300 hectares com infestantes até ao joelho a aplicar herbicida. Será que o tentaria demover, explicando as vantagens de usar uma enxada ao invés de produtos químicos?
  4. … os camaradas Jerónimo Sousa e António Costa, se numa visita de Estado à Venezuela, apanhassem uma caganeira e descobrissem que não havia papel higiénico nas prateleiras dos supermercados e que o único papel que tinham era a versão impressa da ultima edição do Avante destinada a ser oferecida a Nicolás Maduro. Será que aguentariam com bravura a revolta intestinal provocada pela conspiração capitalista?

Agora imaginem se tivesse sido Pedro Passos Coelho a passar naquele jardim e tivesse sido confrontado com aquele ‘arrufo’ de namorados, provavelmente até acompanhado pela esposa, quiçá exibindo a cabeça rapada devido à quimioterapia.

O que não diriam…

 

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