A política, por vezes, é confundida com a inverdade, com a oposição pela oposição, intriga pela intriga e os factos relevantes que se baseiam puramente na verdade passam ao lado e é-lhes dada uma relevância pouco explorada.
Portugal e os Portugueses atravessaram nos últimos tempos momentos de grande exigência, em alguns casos quase desespero. A nossa grandeza e carácter, enquanto povo, fez com que mais uma vez o país levantasse e voltasse a remar no rumo certo de forma consciente, distribuindo as suas forças para que todas as pessoas estivessem envolvidas neste esforço de dar vida a um país que esteve moribundo e de mão estendida.
Esta semana mais um político português reconheceu que o país está completamente diferente daquele que o atual Governo recebeu em 2011. Nada mais nada menos que o candidato a Primeiro-Ministro pelo Partido Socialista, António Costa. É verdade! Não acreditam?! É verdade verdadinha!
António Costa, líder do PS, através do reconhecimento de que Portugal está diferente – e para melhor – disse nas entrelinhas, para quem quis ouvir, que há três anos e meio o país enfrentava uma grave crise financeira e social que estrangulava a economia e as aspirações das novas gerações.
Este Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, recebeu uma herança pesada que provavelmente nenhum político da esquerda à direita queria assumir.
A falta de coragem daqueles que passaram pelo Governo nos dez anos antes da intervenção da Troika, foi demasiado penosa para o país, adiando reformas estruturais que deveriam ter sido feitas de forma gradual, possibilitando aos portugueses e ao país um ajustamento menos exigente do que aquele que nos obrigaram a fazer, sob pena (ameaça) do dinheiro faltar para pagar os compromissos que assumimos para o presente e para os próximos 50 anos.
A irresponsabilidade de alguns, que no desempenho de funções governativas desbarataram dinheiro público como se não houvesse fim nem amanhã e que hoje a única consequência que tiveram foi política, pelo menos de forma temporária.
Os papagaios do regime de esquerda que falam do serviço nacional de saúde com uma propriedade escandalosa, quando a única propriedade que devem assumir é a da falência a que os nossos hospitais e doentes tiveram sujeitos, sem qualquer melhoria no sistema.
Falam da justiça quando hoje existe investigação criminal em curso que não olha a partidos ou grupos de bloqueio social, quando há três anos esta era discricionária e inoperante. É bem visível a liberdade e autonomia com que a Procuradoria-Geral da República, o Departamento de Investigação e Acção Penal, o Tribunal de Instrução Criminal e o Supremo Tribunal de Justiça agem hoje em dia.
Muito foi melhorado pela via reformista, mas muito ainda há para melhorar, assim os portugueses depositem a sua confiança nos políticos de consciência patriótica, com visão de futuro, que se esforçam de forma corajosa para bem dos portugueses que mantêm a viva esperança de um Portugal melhor, mais justo e mais independente.
Gonçalo Gaspar