Qui, 27 Março 2025

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Abstenção, o Analfabetismo dos Novos Tempos

Gonçalo Gaspar

GONÇALO GASPAR

A participação cívica e política numa sociedade é um dos mais importantes pilares de uma democracia que se quer sustentável e que funcione em toda a sua plenitude. Contudo, na cena política europeia, Portugal, apesar de se revelar como pais democrático, a participação dos cidadãos na vida comunitária mostra índices reduzidos.

Construiu-se um estereótipo que a participação política apenas se faz através de estruturas partidárias. É engano, puro engano, falsidade digo eu. Existe em Portugal um défice de participação política dos cidadãos, seja de forma particular ou organizada. As pessoas querem colocar-se ao lado da decisão política, desde que essa mesma decisão não provoque restrição ou extinção de um direito que considerem adquirido. À boa maneira do Zé Povinho, o pensamento geral é “podem cortar a todos, menos a mim, caso contrário serei o primeiro a liderar e mobilizar para uma contestação de rua ou mesmo uma greve”.

Aquilo que mais me preocupa neste momento é o completo alheamento da juventude para com a participação na política, de forma organizada. É um facto, muito por culpa dos políticos e dos partidos que, de forma tímida, apostam na formação política. A Escola (aqui como representante do Estado), não têm sabido mobilizar, formar e informar os jovens da importância e valores da participação política e cívica, com vista à mudança e crescimento democrático de um país como Portugal.

A escola tem de fornecer aos jovens os conhecimentos mínimos sobre a organização política do país através da introdução precoce do estudo da Convenção Universal dos Direitos do Homem, bem como da Constituição da República Portuguesa.

As estruturas das juventudes partidárias devem reforçar tais conhecimentos, através de incentivos de formação política, na perspetiva prática, de modo a fornecer um conjunto de ferramentas úteis para, num futuro próximo, lhes ser possível a integração renovada nos quadros ativos partidários, assentes em valores como a verdade, a integridade, o sentido de serviço público e, sobretudo, com qualidade na formação da decisão política.

A juventude assume um papel decisivo na saúde democrática do nosso país.

Como Francisco Sá Carneiro disse um dia: “Se nos demitirmos da intervenção ativa não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor de políticos de café”.

Questiono a necessidade de urgente revisão do sistema eleitoral, no sentido de aproveitamento de todo o trabalho de formação, designadamente, como opção discutível, a obrigatoriedade do exercício do voto ?

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