O vendedor de farturas reformado que foi julgado no Tribunal de Santarém por 47 crimes de pornografia de menores agravada foi condenado a quatro anos e meio de prisão, com pena suspensa na sua execução.
Para a decisão do coletivo de juízes, contribuiu o facto do arguido, de 68 anos, ter mostrado arrependimento pelos seus atos e de não terem sido dados como provados todos os crimes que lhe foram imputados pelo Ministério Público (MP).
Entre agosto de 2018 e 2022, o arguido, residente no concelho de Coruche e muito conhecido devido à sua profissão, utilizou o Facebook para visualizar fotografias de crianças, de ambos os sexos, em atos pornográficos chocantes com adultos, com animais e outras imagens de voyeurismo.
Sempre que esta rede social lhe bloqueava a conta pelo acesso e partilha deste tipo de ficheiros, o homem criava novas contas para continuar a ter acesso aos conteúdos, em que muitas delas eram derivações do seu nome ou da sua antiga atividade profissional.