Na decisão de devolver à liberdade os arguidos, que começaram o julgamento em prisão preventiva, pesou o facto de terem sido absolvidos do crime de sequestro pelo qual também estavam acusados, e de terem confessado integralmente os factos, mostrando arrependimento.
Recorde-se que os autores dos crimes, um brasileiro de 39 anos e um cabo-verdiano de 55 anos, foram apanhados em flagrante por um agente da PSP que estava de folga, durante a tentativa de assalto falhada ao Unicâmbio de Santarém, a 10 de março de 2020.
O arguido mais novo foi detido à porta do estabelecimento, no exterior do W shopping, quando se preparava para fugir com uma quantia de dinheiro retirada de um dos cofres do balcão de câmbios, e depois de ter ameaçado a funcionária.
O cúmplice conseguiu escapar no carro em que se transportavam, mas foi capturado pela Polícia Judiciária (PJ) no dia seguinte, na Quinta da Mina, em Vila Franca de Xira.
Dentro da viatura, a PJ encontrou perto de 30 mil euros em notas de várias divisas, e talões de levantamentos na Unicâmbio de Torres Vedras, o que permitiu associar a dupla à autoria deste assalto, que tinha sido cometido a 11 de janeiro.
O modus operandi em ambos os crimes foi exatamente o mesmo: os ladrões esperaram pela hora de fecho dos balcões para ameaçar e manietar os funcionários, obrigando-os a entrar no estabelecimento, desligar os alarmes e abrir os cofres.
No caso de Torres Vedras, o funcionário foi amarrado com fita adesiva nos pés e nas mãos e deixado imóvel no WC, ao passo que a funcionária do balcão de Santarém foi ameaçada com uma arma branca.
