O Tribunal Judicial de Benavente agravou a pena ao cidadão guineense que degolou a própria esposa, condenando-o a cumprir 20 anos de prisão efetiva, num acórdão lido na tarde de quinta-feira, 24 de janeiro.
Em Julho do ano passado, Bouna Sacko tinha apanhado 19 anos pelo homicídio de mulher, Helmina Biem, mas o julgamento teve que ser integralmente repetido por falhas na gravação áudio de algumas sessões, detetadas quando o advogado do arguido tentou apresentar recurso.
No primeiro acórdão, o arguido, de 27 anos, tinha também sido condenado a uma pena acessória de expulsão do país após o cumprimento de dois terços da pena, mas agora vai cumprir a totalidade da condenação em Portugal.
O coletivo de juízes deste segundo julgamento decidiu ainda baixar a indemnização cível à família da vítima em 10 mil euros, passando-a de 180 mil para 170 mil euros.
Nesta nova decisão, o tribunal enfatiza novamente a natureza particularmente violenta do homicídio e volta a penalizar o arguido pelo facto de não ter mostrado qualquer arrependimento pelo crime, ocorrido a 11 de Setembro de 2011, na casa do casal, em Samora Correia.
Numa cena de violência conjugal, Bouna Sacko assassinou a mulher com sete facadas porque esta se recusava a ter um filho, para que o imigrante guineense legalizasse a sua situação em Portugal.
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