Sex, 25 Abril 2025

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Trânsito cortado para afastar ladrões dos campos


O elevado número de furtos de cobre e de equipamentos agrícolas levou a Câmara de Almeirim a decidir interditar a circulação durante o período noturno em 12 estradas municipais e caminhos rurais, a partir desta segunda-feira, 13 de maio.

Este tipo de crimes “tem sido uma verdadeira praga para o trabalho dos agricultores, nestes últimos anos”, afirmou à Rede Regional o vice-presidente da autarquia, Pedro Ribeiro.

Segundo o vereador, não está apenas em causa "o valor do que tem sido furtado, mas sobretudo os estragos que provocam", e que podem ascender a milhares de euros nos casos em que podem estragar culturas inteiras.

Para já, vão ser interditadas cerca de 12 estradas municipais e caminhos vicinais, entre a chamada Vala Real e o rio Tejo, ou seja, sensivelmente entre a Tapada e Almeirim, onde é proibido circular entre as 19 horas e as 7 horas da manhã do dia seguinte.

O perímetro foi definido em colaboração com a GNR, que colabora com a autarquia no âmbito da operação “Campo Seguro”.

Serão também os militares que vão ficar encarregue da fiscalização aos prevaricadores, salvaguardando as devidas exceções para os agricultores, proprietários, arrendatários, moradores e viaturas de socorro e emergência.

Para estes, a Câmara de Almeirim emite um dístico que os autoriza a circular sem restrições.

Almeirim torna-se assim no segundo concelho do país a criar este tipo de restrições, depois da Golegã, onde os resultados estão a ser bastante animadores, uma vez que os furtos têm diminuído significativamente.

Agricultores e proprietários concordam com medida da Câmara

Esta decisão da Câmara de Almeirim vai de encontro às expetativas das vítimas deste tipo de crimes, agricultores, proprietários e arrendatários.

"Até ao momento, não chegou à Câmara qualquer reação negativa", afirma Pedro Ribeiro, explicando que esta ideia já começou a ser preparada há vários meses e foi devidamente divulgada junto das associações de produtores, dos donos dos terrenos e até dos associados das adegas cooperativas, entre outros.

A Câmara espera que esta seja uma medida dissuasora, mas não equaciona para já estender a experiência a outras áreas agrícolas do concelho.

“Se os resultados forem positivos, podemos no futuro pensar nisso, mas não é num futuro imediato”, explica Pedro Ribeiro, para quem este tipo de interdições devem ser "temporárias" porque apenas combatem o crime sem resolver o que está na sua origem.

"O problema mais grave está relacionado com a recetação deste tipo de materiais, porque ninguém vai roubar para zonas agrícolas se depois não tiver onde vender o produto do furto e receber dinheiro por isso", explica o vereador.

"É aqui que o Estado, as forças de segurança e a justiça devem intervir no sentido de criar as leis de forma a dissuadir aqueles que roubam de terem locais onde possam entregar o material”, acrescenta Pedro Ribeiro.

Neste sentido, a interdição da circulação noturna nos caminhos vicinais significa, segundo o vice-presidente da autarquia, “estarmos a tomar uma aspirina quando devíamos estar a tomar o antibiótico, mas a Câmara, passe a expressão, só tem capacidade para intervir ao nível da aspirina”.

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