O Largo dos Combatentes, em Torres Novas, recebeu uma cerimónia evocativa dos 100 anos do Armistício e de homenagem aos combatentes da Grande Guerra este domingo, 11 de novembro.
Às 11 horas, a exemplo do que ocorreu um pouco por todo o mundo, os sinos das igrejas tocaram a rebate, numa iniciativa simbólica para lembrar precisamente a hora em que, em 1918, se declarava o cessar-fogo da Primeira Guerra Mundial.
No seu discurso, Pedro Ferreira, o presidente da Câmara de Torres Novas, lembrou este dia como uma data simbólica do renascer da paz, e recordou os milhares de militares portugueses que perderam a sua vida em combate, e nos quais se incluem muitos torrejanos.
“Gente simples, muitos do meio rural do nosso concelho, onde a guerra os reclamou e os retirou da tranquilidade do amanho das terras e do carinho de um lar com muitos filhos, para uma primeira linha de fogo e de gases, onde a grande maioria deles, de guerra só ouviam falar e de armas pouco ou nada sabiam utilizar”, disse o autarca.
Uma guerra em que milhares de soldados sobreviveram e outros perderam a sua vida “merece uma reflexão muito mais profunda, sobretudo dos mais jovens que são o futuro das nações”, afirmou ainda Pedro Ferreira, apelando a todos os governantes “para que não voltemos a comemorar mais Dias de Armistícios”.
A cerimónia, organizada pelo município e pelo Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes, representada pelo seu presidente, General Abel Lemos Caldas, incluiu ainda a depositação de flores junto ao monumento aos Mortos da Grande Guerra.