O arguido está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio tentado na forma agravada por, a 12 de julho de 2017, ter atirado a matar sobre o genro, com quem mantinha uma longa relação de conflitualidade devido a heranças e questões financeiras.
Segundo o processo, a que a Rede Regional teve acesso, os dois homens começaram por se agredir mutuamente numa briga que só terminou quando uma outra familiar de ambos foi atingida com uma jarra, a tentar separar a contenda.
O genro saiu então da casa do arguido e dirigiu-se para sua residência, que fica ao lado, no mesmo terreno, para assistir a mulher que tinha sido ferida.
Foi então que o arguido se muniu de uma caçadeira e, do quintal, disparou um tiro sobre o genro a cerca de 30 metros, quando o viu através da janela da cozinha.
O homem, de 55 anos, foi transportado ao hospital com ferimentos na cara, mas sem correr perigo de vida.
O autor do disparo foi entretanto desarmado por um neto e entregou-se sem oferecer resistência quando a GNR de Santarém chegou ao local.
Como medida de coação, o arguido, que chegou a ser presidente de Junta da Moçarria após o 25 de abril, foi obrigado a abandonar o terreno da família e a fixar residência noutra freguesia noutra freguesia do concelho.
Em primeiro interrogatório judicial, o Tribunal de Santarém optou por não lhe impor a prisão preventiva, tendo em conta que se tratava de uma pessoa já de idade avançada, doente, e a necessitar de cuidados médicos frequentes.
































