As detenções ocorreram “no seguimento de denúncia recebida em setembro passado e da investigação, entretanto desenvolvida”, tendo sido cumpridos mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público do DIAP de Tomar.
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Em comunicado, e sem referir a autarquia em causa, a PJ explica que “a factualidade relatada indicava a apropriação por um dos arguidos, entre 2017 a 2022, no exercício da função de Secretário da Junta, de valores ainda não cabalmente apurados, superiores a € 135 000”.
“Fazendo seu o dinheiro público, através de movimentos com cartão bancário, transferências ou por falsificação de cheques da Junta, aplicava parte dos valores em benefício de outrem, pessoa das suas relações privilegiadas e coarguido, também detido”, explica a PJ.
Quando foram detetados, e de forma a afastar as suas responsabilidades, os arguidos, em coautoria, fizeram crer aos atuais responsáveis políticos locais que os dinheiros da Junta haviam sido utilizados em aplicações rentáveis, falsificando documentos bancários.
Os homens, de 36 e 53 anos, serão presentes às competentes autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e aplicação das adequadas medidas de coação.
Pelo que a Rede Regional conseguiu apurar, o autarca em causa foi secretário da junta de Freguesia de Santiago de Montalegre, no concelho do Sardoal, e apresentou a sua demissão no final de setembro.
Numa assmebleia de freguesia realizada poucos dias depois, foi explicado que os mais de 100 mil euros da conta bancária da junta foram movimentados com total desconhecimento dos restantes membros do executivo, actual e anterior.
