Este sargento foi constituído arguido já no decorrer das investigações surgidas após a operação “Hydra” da Unidade de Ação Fiscal da GNR, que, em outubro de 2014, culminou na detenção de quatro guardas que prestavam serviço no posto de Samora Correia e outros quatro cúmplices civis.
Na altura, e como medida cautelar interna, o sargento foi afastado da chefia do posto de Samora Correia e chegou a ser transferido para o Comando da Guarda em Santarém, conforme a Rede Regional noticiou em janeiro do ano passado.
A investigação do Ministério Público (MP) concluiu agora que o ex-comandante não tinha conhecimento direto nem estava envolvido nos esquemas ilícitos controlados pelos restantes militares que são arguidos no processo.
No Despacho de Pronúncia do processo, a que a Rede Regional teve acesso, são pronunciados apenas 24 dos 27 suspeitos iniciais, tendo ficado de fora do julgamento o ex-comandante do posto da GNR, um outro militar que também lá prestava serviço e ainda um mecânico residente em Samora Correia.
Os outros quatro militares da GNR de Samora Correia estão acusados pelo MP de um total de 75 crimes, relacionados com furto e venda de metais não preciosos, fraudes a seguradoras, falsificação de documentos e atos de corrupção passiva e ativa, entre outros.
O mega processo envolve outros 20 arguidos, entre os quais figuram os autores materiais dos furtos, vários recetadores e sucateiros, e outros cúmplices alegadamente envolvidos nos esquemas ilícitos que eram controlados pelos guardas, entretanto suspensos de funções.
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