No verão de 2012, a cidade de Santarém vai ter um novo cemitério que deverá responder às necessidades da população nos próximos cem anos. A garantia foi dada esta segunda-feira, 10 de Outubro, pelo presidente da autarquia. Francisco Moita Flores apresentou o projeto do novo espaço, que terá um forno crematório para servir a região e complementar a capacidade de Lisboa.
O cemitério, a construir na zona da Portela das Padeiras, ocupará, numa primeira fase, uma área de seis a sete hectares, podendo ir, gradualmente e consoante as necessidades, até aos 14 hectares. O espaço conciliará os tradicionais enterramentos individuais e a existência de jazigos familiares com a possibilidade de cremação. As cinzas poderão ser colocadas num jardim de árvores frondosas, ser depositadas em nichos, ou, o que classificou como uma novidade em Portugal, serem “sepultadas” num espaço que simula o enterramento individual. “Seremos pioneiros em Portugal no sepultamento individual das cinzas”, explicou Moita Flores.
Além de zona de estacionamento, o espaço terá uma igreja principal, com capacidade para acolher 300 pessoas, sala de preparação dos cadáveres, duas câmaras ardentes, com antecâmara, uma zona de cafetaria, bar e de repouso, a zona de cremação e uma zona comercial, para venda de artigos relacionados, como flores, mármores, depósitos de cinzas.
Segundo o autarca, o cemitério manterá a configuração “romântica” dos cemitérios portugueses, com praças, ruas, locais de culto e reflexão (numa analogia à “cidade dos vivos”), recuperando alguma da flora que se foi perdendo, como os chorões e os ciprestes.
O projeto inclui ainda construção de quatro capelas funerárias junto à igreja de S. Pedro, situada a meio caminho entre o hospital de Santarém e o novo cemitério, de forma a libertar a zona das Portas do Sol, onde atualmente se realizam os velórios.