Entre 250 a 300 elementos da PSP, GNR e Serviços Prisionais concentraram-se em protesto esta quarta-feira, 10 de janeiro, na Praça do Município de Santarém, para manifestar o seu descontentamento em relação à sua situação profissional.
“O motivo da concentração é semelhante ao dos protestos que estão a ocorrer a nível nacional, e que vão continuar”, afirmou à Rede Regional Nuno Ferreira, que representa a nova plataforma que junta os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR.
Segundo o mesmo, este protesto crescente “mostra que os polícias estão exaustos e cansados de promessas vãs, seja a nível de aumentos salariais ou da revisão de suplementos que tardam e nunca acontecem”.
O responsável explica que a revisão dos respetivos estatutos profissionais, em 2015 no caso da PSP e 2017 no que se refere à GNR, não contemplou a atualização dos suplementos remuneratórios, que, “quer num caso quer no outro, remontam a valores de 2009”.
O descontentamento dos profissionais cresceu após a atualização dos suplementos remuneratórios na Polícia Judiciária (PJ) ter subido dos 400 euros para mais de 900 euros, em alguns casos, sem que houvesse mudanças a nível das restantes forças de segurança.
“Não estamos contra isso, nem há aqui uma postura contra a PJ, somos todos polícias e queremos um tratamento igual”, explica Nuno Ferreira, que chama ainda a atenção para o facto dos inspetores da PJ terem direito à greve e auferirem horas extraordinárias, o que não acontece nas forças que representa.
“Nós ainda temos a questão da disponibilidade permanente, ou seja, fazemos muito mais e recebemos muito menos. Este movimento serve para que o Governo perceba que os polícias estão descontentes”, adianta Nuno Ferreira.