A dona deste lar de idosos vai começar a ser julgada no Tribunal de Santarém por três crimes de maus tratos, num processo que teve origem numa denuncia apresentada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em fevereiro de 2019.
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Na sequência de uma inspeção à casa de acolhimento, a Segurança Social mandou encerrar o espaço em julho de 2019, mas a arguida, de 70 anos, manteve a atividade até 2021, ano em que faleceu a última utente.
Segundo a Acusação, a que a Rede Regional teve acesso, a dona do lar amarrava as idosas à cama e a cadeiras com um lençol, pisava-lhes os pés, dava-lhes bofetadas e até lhes puxava os cabelos, ao invés de zelar pelo seu bem-estar físico e psicológico.
Os seus atos provocavam ferimentos e hematomas que eram visíveis nas vítimas durante as visitas, mas a arguida contava aos familiares que as idosas, que sofriam de demências e eram absolutamente dependentes, tinham caído quando se tentaram levantar ou batido nas mesas de cabeceira.
O Ministério Público refere ainda que a dona do lar nunca providenciou cuidados médicos e de enfermagem às utentes, apesar de garantir aos familiares que a casa de acolhimento não só prestava estes serviços, como estava totalmente legalizado perante a Segurança Social.