Os promotores do aeroporto Magellan 500, em Santarém, arrasaram esta quarta-feira, 6 de dezembro, a decisão da Comissão Técnica Independente (CTI), considerando que o projeto não foi bem avaliado e que a análise foi feita com base em método “Alice no País das Maravilhas”, por ter em conta as acessibilidades que podem vir a existir e não as que existem.
Em declarações à agência Lusa, o promotor do projeto, Carlos Brazão, diz que o Magellan 500 “não está corretamente avaliado em função das suas características”, e que enquanto o seu projeto “é feito com base no país que existe, nas acessibilidades que existem, tirando o melhor proveito delas”, nos casos de Alcochete e Vendas Novas, as localizações recomendadas pela CTI, não foi tida em conta a necessidade de construir uma terceira travessia do Tejo, e que “amanhã já estão feitos 50 ou 60 quilómetros de ferrovia do lado de lá do Tejo” e que “amanhã já estão feitas as acessibilidades e os projetos são medidos nessa base”.
Carlos Brazão diz que a razão de navegação aérea apontada pela CTI para inviabilizar Santarém, “é uma conclusão desmentida por um relatório da NAV Portugal – Navegação Aérea, que aponta que os conflitos com as áreas militares são resolúveis em todas as soluções aeroportuárias”.
Nas declarações à Lusa, Carlos Brazão disse ainda estranhar a conduta da CTI, que “em apenas três meses” e “sem recurso a consultores com experiência internacional”, tenha desenhado duas novas soluções aeroportuárias (Alcochete + Portela e Vendas Novas + Portela), colocando-as “à frente dos dois projetos que têm promotores por trás que os querem e podem construir e que têm anos de desenvolvimento”.
