Dom, 27 Abril 2025

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Problemas da rede móvel em Coruche resolvem-se com entendimento entre operadoras

Grande parte dos problemas existentes com as falhas nas comunicações móveis no concelho de Coruche podiam rfesolver-se com um acordo e a partilha de recursos entre as várias operadoras.


A conclusão foi apresentada esta quinta-feira, 13 de janeiro, durante um encontro entre responsáveis da Autoridade Nacional das Comunicações(ANACOM) e autarcas do concelho de Coruche, realizado no auditório do museu municipal da vila, onde foi apresentado o relatório de qualidade de serviço das redes móveis MEO, NOS e Vodafone neste concelho.

A iniciativa resultou de diligências tomadas pelo Município junto da ANACOM no sentido de encontrar soluções efetivas para a necessidade de reforço da cobertura de rede móvel. A ANACOM tem a decorrer uma consulta pública até dia 7 de fevereiro sobre a cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada e sobre as opções quanto à sua instalação com recurso a financiamento público em ”áreas brancas”.

Segundo o relatório da ANACOM, a cobertura radioelétrica dos sistemas de comunicações móveis dos operadores MEO, NOS e Vodafone no concelho de Coruche é “inexistente”, “muito má” ou “má” em 11% dos valores registados.

O estudo foi realizado, a pedido pelo município de Coruche, em quatro dias do mês de novembro de 2021, por existirem problemas nas comunicações móveis, nomeadamente na deficiente cobertura disponibilizada pelos operadores móveis em chamadas de voz e no acesso à internet móvel.
Agora o relatório entregue pela ANACOM à autarquia afirma que os dispositivos móveis, com cartões SIM de todos os operadores, indicaram existência de sinal de rede na maioria do percurso de medições realizado, havendo, contudo, “freguesias / localidades onde um ou mais operadores não asseguram, de todo, qualquer cobertura, ou, assegurando, os seus níveis não permitem que possam ser classificados com qualidade superior a Muito Má / Má”.

Em cinco localidades – Brejoeira e Carapuções (freguesia de Santana do Mato), Malhada Alta (Coruche), Feixe (Couço) e Buinheira (S. José da Lamarosa) – não existe mesmo qualquer cobertura.

Dos 306 testes à velocidade de ligação à Internet realizados, 27% não puderam ser concluídos “devido a falta ou fraco sinal de rede ou tecnologia de baixo débito binário”, havendo uma grande variação dos valores de velocidade média de transferência de dados nas várias operadoras.

Os testes realizados “indicam claramente que este serviço é fraco, com muitos testes negativos e baixas velocidades de transferência de dados”, acrescenta.

Globalmente, cerca de 16% das tentativas de chamada não foram concretizadas, sendo que duas das operadoras, “apesar de terem apresentado sinal em quase todo o percurso, tiveram o pior desempenho no serviço de voz, tendo falhas, expectáveis, nos locais de má cobertura, mas também em locais onde o sinal é bom ou aceitável”, refere a ANACOM.

A ANACOM conclui que, se “já existissem acordos de ‘Roaming Nacional’ em Portugal (permitindo que os clientes de qualquer um dos operadores se pudesse conectar à estação base de outro operador quando a qualidade de sinal de rede do seu operador não fosse aceitável)” haveria “uma cobertura agregada de mais qualidade no concelho de Coruche”.

A Vodafone é a operadora com melhor desempenho no concelho, tanto no serviço de voz como de dados. No serviço de voz permitiu que 88% das chamadas realizadas se finalizassem, seguido da Nós com 87% e da Meo com 79%. Já nas ligações de dados, a Vodafone permitiu concluir 80% dos testes, a Meo 76% e a Nós apenas 62%.

A vice-presidente da Câmara Municipal de Coruche, Fátima Galhardo, aproveitou a oportunidade para referir que o município não tem capacidade financeira para investir do próprio bolso numa rede de fibra que ligue todo o concelho, salientando que a exemplo do que aconteceu no parque empresarial, onde o município investiu cerca de 50 mil euros, irá actuar sempre que seja imperativo, estando atenta a todas as oportunidades de fundos comunitários que venham a ser lançadas na área.

Já o presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, defendeu que a existência de um roaming nacional (um utilizador de uma rede poderia utilizar outra caso esta estivesse disponível, como acontece por exemplo quando viajamos no estrangeiro) poderá resolver grande parte dos problemas das falhas de rede. No entanto, Portugal é um dos poucos países da Europa onde as operadoras não partilham recursos.

Clique nos links para consultar o relatório e a consulta pública.

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