O arguido, de 34 anos e de naturalidade angolana, foi considerado culpado de um crime de violência doméstica na forma agravada, como reincidente, e um crime de maus tratos a animais de companhia.
Esta foi a segunda vez que o agressor apanhou uma pena de cadeia por violência e maus tratos à ex-companheira, pois já tinha sido condenado, em março de 2018, a três anos de prisão efetiva pelo crime de violência doméstica na forma agravada.
Enquanto esteve recluso nos estabelecimentos prisionais de Leiria e Sintra, o homem tentou reatar a relação amorosa com a ex-companheira, que acabou por perdoá-lo e aceitar que voltassem a viver juntos, no concelho de Alcanena.
Poucos meses depois, o arguido voltou a consumir substâncias ilícitas e bebidas alcoólicas em excesso, e começou a ameaçar de morte e a bater com violência na mulher, acusando-a de o ter traído enquanto esteve na cadeia.
Entre outubro de 2020 e março deste ano, até à sua detenção, a vítima e a filha menor viveram num verdadeiro clima de terror, com agressões que levaram a mulher ao hospital, ofensas constantes e medo que o arguido atentasse contra as suas vidas.
No dia 23 de março, depois de ter sido assistida no Hospital de Torres Novas, a mulher, acompanhada pela GNR de Alcanena, foi a casa para ir buscar os seus pertences, tendo encontrado um dos seus cães morto e escondido debaixo de um colchão, além dos sofás rasgados e de vários eletrodomésticos destruídos.
O arguido foi detido poucos dias depois e aguardou o julgamento em prisão preventiva.