O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, reuniu no dia 2 de dezembro, com o seu congénere da Golegã, Rui Medinas, e vários responsáveis regionais da GNR e Infraestruturas de Portugal (IP) para tentar encontrar uma solução viável para os constrangimentos diários da Ponte da Chamusca.
O autarca está desagradado com o avolumar dos transtornos causados aos utilizadores da ponte, que vem piorando consideravelmente desde que foram concluídas as obras de requalificação, em 2013, dificultando o cruzamento de camiões.
Em nota de imprensa, a Câmara da Chamusca revela que “foi unânime a constatação de que uma solução definitiva para a travessia do Tejo entre a Chamusca e a Golegã passará sempre pela construção de uma nova ponte e que todas as soluções que se possam encontrar para a Ponte João Joaquim Isidro dos Reis apenas poderão ser consideradas provisórias, por forma a minorar os constrangimentos para quem diariamente a utiliza”.
Ainda assim foram discutidas eventuais formas de melhorar o tráfego na ponte a curto prazo, tendo-se concluído que os separadores colocados na ponte aquando da intervenção na estrutura, que desempenham um papel fundamental na proteção da estrutura da mesma, não devem ser deslocados.
Alcindo Cordeiro, diretor do centro operacional centro sul da IP, afirmou mesmo que “depois de tragédias como a da Ponte de Entre-os-Rios foram reforçadas as medidas que visam a segurança destas infraestruturas e ninguém assumirá uma solução deste tipo”.
Foi também unânime que a regulação do tráfego por parte dos agentes da GNR é uma mais-valia nos dias de maior constrangimento, mas que não pode ser considerada como solução permanente, dadas as limitações de recursos dos Postos da Golegã e da Chamusca.
Solução pode passar por semáforos
A semaforização da ponte, que está projetada desde 2013, resultado de um estudo solicitado pela própria Câmara Municipal da Chamusca, e ao qual a IP ainda não deu andamento, parece ser, neste contexto, a solução mais óbvia.
O presidente da Câmara da Chamusca sugeriu mesmo que, para agilizar e acelerar o procedimento, as autarquias assumissem a execução do mesmo. Alcindo Cordeiro garante no entanto que “a intervenção já se encontra contemplada no orçamento das IP para o ano de 2017″ e prometeu que tudo fará para que avance ainda no primeiro trimestre.
Paulo Queimado insistiu que se encontrasse uma solução para o imediato, com semaforização provisória, de modo a avaliar o impacto que esta medida poderá ter no futuro.
“É imperioso que continuemos a reforçar junto da secretaria de estado e do ministério a necessidade da construção de uma nova travessia. A ausência de uma nova ponte não só estrangula o trânsito, como o desenvolvimento económico de toda uma região”, concluiu Paulo Queimado.
Uma resposta
O que me parece do outro mundo é que seja afirmado por este grupo de trabalho, tão bem composto, que a semaforização PODE vir a acontecer. De uma vez por todas coloquem lá os semáforos e não utilizem o desconforto continuado de quem precisa de usar a ponte como arma de arremesso…..