A Polícia Judiciária anunciou esta terça-feira, 4 de julho, a detenção de 16 pessoas, 12 delas militares, por crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder e falsificação de documentos.
Em comunicado, a PJ esclarece que a operação foi levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP de Lisboa, na sequência e em complemento da operação realizada no mês de novembro do ano passado.
Os restantes 4 detidos são “empresários ligados ao ramo da comercialização de géneros alimentícios”.
Esta será a continuação da operação que se iniciou em finais de 2016 e que envolve suspeitas de sobrefaturação de bens e matérias-primas para a confeção de refeições nas messes da Força Aérea, com a “posterior divisão entre os militares e os empresários do saldo relativo à diferença entre o valor da fatura original, ou seja, o valor efetivo da venda dos produtos alimentares e o valor sobre faturado ao Estado”, lê-se no comunicado da Polícia Judiciária.
Na operação participaram 130 elementos da Polícia Judiciária e 10 Magistrados do Ministério Público, sendo que foram realizadas 36 buscas (31 delas domiciliárias) nos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro.
Os detidos serão presentes a tribunal, para determinação das medidas de coação.