O documento, que alerta para o “perigo iminente e constante da derrocada das barreiras” junto à Ribeira de Santarém, exige que o desvio da Linha do Norte seja contemplado no Plano Nacional de Investimentos (PNI 2030), e que inclua a construção de uma nova estação ferroviária numa zona periférica da cidade.
Segundo este documento, a “construção da variante e o aumento da velocidade máxima de circulação entre Santarém e Entroncamento (troço Vale de Santarém-Entroncamento)” estava inscrita no relatório do PIN 2030 divulgado em janeiro de 2019, tendo desaparecido do documento apresentado pelo Governo no passado dia 22 de outubro.
“Como é sabido, o adiar sucessivo deste projeto constitui um perigo iminente e constante de derrocada das barreiras sobre a linha do comboio na zona da Ribeira de Santarém que, a acontecer, resultaria numa mais do que provável catástrofe com eminentes perdas humanas”, defendem os promotores da petição.
PS e PSD também criticam retirada do projeto
As estruturas distritais do PS e do PSD também reagiram à retirada deste investimento do PIN 2030, tal como havia já feito o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves.
Em comunicado, a distrital socialista afirma que os deputados do PS eleitos pelo distrito “vão de imediato questionar o Governo sobre os motivos que levaram à supressão, no PNI 2030”, de “investimentos fundamentais para a região”, como é o caso do desvio da Linha do Norte e da conclusão do IC3/A13, “exigindo a clarificação da situação e respetiva solução”.
Também a distrital social-democrata lamenta “a exclusão da modernização da linha ferroviária do Norte da última versão do PNI 2030”, condenando uma decisão que coloca “em perigo a segurança da infraestrutura (com vários acidentes mortais nos últimos anos)” e não promove a coesão territorial.
“A construção de uma nova linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa é mais um devaneio despesista do PS que ignora por completo o distrito de Santarém”, afirma o PSD distrital, que considera ainda “outro erro grosseiro” do PNI2030 a não inclusão da conclusão do IC3, “obra que deveria ter sido concluída há anos e que é, no mínimo, uma dívida histórica para com a região pela localização do Eco-Parque do Relvão”.
A distrital socialista afirma que, “tendo em conta que o PNI 2030 está assente em diferentes fontes de financiamento e que se articula com outros instrumentos”, vai “exigir ao Governo a clarificação da situação de algumas outras infraestruturas que fazem parte do conjunto de compromissos assumidos com a população da região”.
































