Segundo a Rede Regional conseguiu apurar, a Junta de Freguesia de Pernes apresentou queixa no Serviço Especial de Proteção da Natureza (SEPNA) da GNR e comunicou o caso à Câmara de Santarém e a outras entidades do Estado ligadas à fiscalização ambiental.
{creativeslider id=”15″}
Pelas características dos vestígios detetados no leito do rio e pelo odor pestilento, a descarga será de origem pecuária, provavelmente de um despejo ou da lavagem de lagoas de efluentes em alguma das explorações próximas do Alviela.
“Foi de facto uma descarga poluente muito forte, com um cheiro muito intenso, que se espalhou por Pernes e pelos arredores, numa área de cerca de três quilómetros”, disse à Rede Regional José Gabriel, presidente da Comissão de Luta Anti Poluição no Alviela (CLAPA).
“É uma tremenda coincidência que esta descarga se tenha verificado num dia em que se previa alguma chuva e acabou por não chover”, ironiza o responsável, que lamenta a inércia dos organismos públicos que têm por obrigação proteger o rio, caso da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ou a Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAP-LVT).
“Todos sabemos onde está o problema, só não compreendemos é porque é ninguém faz nada de concreto contra os prevaricadores”, afirma José Gabriel, que sugere o recurso a novos meios de fiscalização que deviam ser implementados para a defesa do meio ambiente.
“Em primeiro lugar, e em termos de meios humanos, a questão do regresso dos guarda-rios, e, porque não, a utilização de drones e câmara de vigilância em locais estratégicos. Provavelmente, pensariam duas vezes antes de cometer o crime”, explica o presidente da CLAPA.