Em resposta a perguntas da agência Lusa, a autarquia explica que o aumento se reflete sobretudo no apoio alimentar e na procura de respostas habitacionais a preço acessível, compatível com os rendimentos dos agregados familiares.
Segundo o município, atualmente são acompanhados 1.285 agregados no âmbito do Modelo de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado de Santarém, em vigor desde julho, “com serviço de atendimento e acompanhamento social de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social e na celebração e acompanhamento de contratos de inserção”.
“O tipo de ajuda mais solicitado incide no apoio alimentar”, que tem sido prestado tanto no âmbito do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas – Cantina Social, Banco Alimentar Contra a Fome, Refood -, como por cabazes atribuídos pelas Organizações Não Governamentais e da Sociedade Civil, “complementado com recurso ao Apoio Extraordinário atribuído pelo município”, refere a Câmara.
A Câmara de Santarém destaca, ainda, “o crescente fluxo migratório e o pedido de ajuda de famílias de nacionalidade estrangeira no âmbito alimentar, pedidos de esclarecimento de apoios sociais, procedimentos legais e habitacional”.
Por outro lado, realça “o aumento de casos associados a problemáticas da área da saúde mental”.
No âmbito das medidas concelhias, a Câmara de Santarém concedeu, até ao momento, 34.178 euros para Apoio Extraordinário às Famílias, destinado a agregados em situações de carência económica, para apoiar em “despesas alimentares, produtos de higiene pessoal, eletricidade, gás, puericultura e outras que se revelem imprescindíveis ao bem-estar das pessoas”.
Por outro lado, comparticipou, até final de setembro, em 39.180 euros, o arrendamento de habitações para 25 agregados familiares (64 pessoas), no âmbito do Regulamento Municipal de Atribuição de Subsídio ao Arrendamento a Estratos Sociais Desfavorecidos.
O protocolo celebrado com a Associação Dignitude, com adesão ao programa Abem, permitiu financiar em 30.100 euros, até 31 de agosto, a compra de medicamentos comparticipados e com receita médica a 301 pessoas (154 famílias) em situação de carência económica.