O homem, de 58 anos e de nacionalidade brasileira, é suspeito de ter abusado de uma menina quer tinha então 7 anos, em 2009, e que era filha de um casal de crentes da congregação.
Os abusos sexuais, segundo o Despacho de Acusação do Ministério Público (MP), a que a Rede
Regional teve acesso, duraram perto de seis anos, e só pararam quando a relação de excessiva intimidade entre o pastor e a criança se tornaram motivo de comentários e desconfiança na congregação, que acabou por expulsá-lo em janeiro de 2015, considerando não ser pessoa “moralmente indicada” para representar a Igreja Adventista.
Os abusos ocorreram dentro da igreja, na garagem da sua casa, quando o casal e a filha o visitava aos fins-de-semana, na casa da avó da menor, onde o pastor se deslocava para lhe ministrar estudos bíblicos, e até no seu carro, pois esperava-a à porta da escola para lhe dar boleia.
Um dos muitos episódios sórdidos descritos na Acusação terá ocorrido num acampamento adventista em Penela, onde o arguido chamou a vítima atrás de uma tenda e pediu-lhe que bebesse um copo com um líquido branco, que seria o seu próprio esperma.
O MP refere que o pastor não teve relações sexuais com a menor, mas que a apalpava por baixo da roupa nas zonas mais íntimas sempre que tinha oportunidade, e que chegou a exibir o seu pénis à vítima, pedindo-lhe para fazer sexo oral.
Quando aumentaram as suspeitas, a família entrou na conta do Facebook da menor e encontrou várias conversas amorosas, onde o arguido chega mesmo a dizer que pretendia casar com ela quando fizesse 18 anos, uma vez que a sua própria esposa o rejeitava sexualmente.
Quando foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, o arguido negou a prática todos os factos que lhe são imputados neste processo.
O julgamento começou esta quinta-feira, 2 de maio, com exclusão de publicidade.
