Um pai pedófilo foi condenado a nove anos e seis meses de prisão efetiva por ter violado a própria filha em cinco ocasiões, a primeira das quais quando a criança tinha apenas cinco anos.
Durante a leitura do acórdão, que decorreu esta quinta-feira, 16 de fevereiro, no Tribunal de Santarém, a presidente do coletivo de juízes classificou o comportamento do homem como “inqualificável” e “absolutamente repugnante”.
O tribunal deu como provado que o homem obrigou a filha a manter relações sexuais depois de convidar a menor a ver filmes pornográficos.
Durante o julgamento, que decorreu à porta fechada, Paulo Guerra, de 52 anos, confessou parcialmente os factos e tentou explicar os seus atos dizendo que perdeu a cabeça por ter estado a ver filmes para adultos.
“É uma tentativa de justificação repulsiva e inclassificável, tendo em conta que se tratam de atos contranatura”, disse-lhe a juiz presidente, acrescentando que “o dever de um pai é de ser o primeiro a proteger o crescimento e o desenvolvimento harmonioso da sua filha”.
No total, o arguido foi considerado culpado de cinco crimes de abuso sexual de criança agravado a quatro anos e meio de prisão por cada um, o que significa que, sem o cúmulo jurídico, teria apanhado 22 anos e seis meses de cadeia.
Paulo Guerra foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização cível de 40 mil euros à vítima a título de danos não patrimoniais, tendo em conta a perturbação psicológica que provocou na personalidade da menor, hoje com 11 anos e a viver afastada do predador.
Os episódios de violação ocorreram entre 2011 e outubro de 2013, quatro deles na casa onde residiam em Santarém, e o último em Massamá, para onde a família se mudou.
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