A operação “Floresta Protegida” da GNR partiu para o terreno na manhã desta segunda-feira, 5 de fevereiro, com os militares do Comando Territorial de Santarém a espalharem-se pelos concelhos de Alpiarça, Almeirim e Cartaxo.
Até ao final do mês, os militares vão identificar e georreferenciar todos os terrenos nos 21 concelhos do distrito que não estão a cumprir a legislação referente à gestão de faixas de combustível, numa operação que visa sensibilizar e aconselhar os proprietários para os comportamentos preventivos a ter na defesa da floresta contra incêndios.
“Diariamente, vamos envolver entre 20 a 25 militares no terreno, sendo que existe ainda todo um staff de apoio para fazer o tratamento de toda a informação recolhida no terreno”, explicou à Rede Regional o Tenente Coronel Paulo Silvério, o novo comandante da GNR de Santarém.
Os militares vão ter tablets e material topográfico para proceder ao levantamento preciso e exaustivo de todas as situações de risco, acrescentou o comandante, explicando que toda a informação será posteriormente transmitida às respetivas Câmaras Municipais, a quem cabe efetuar as notificações aos proprietários em incumprimento.
Apesar da fiscalização apertar, o objetivo da GNR é também dar uma oportunidade aos donos para que procedem à limpeza voluntária dos seus terrenos até ao final do prazo legal para cumprir a legislação, ou seja, até ao próximo dia 15 de março.
A GNR espera ter o trabalho concluído até ao final de fevereiro, numa operação que envolve meios do Serviço Especial de Proteção da Natureza (SEPNA), elementos dos postos territoriais e um reforço de militares do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro, explicou ainda Paulo Silvério.
A falta de manutenção das faixas de gestão de combustíveis constitui uma infração que pode valer uma coima de 280 a 10 mil euros, no caso dos proprietários singulares, e de 1.600 a 120 mil euros, para empresas ou entidades coletivas.