Em pouco mais de uma semana, sete montras e vidros de portas de estabelecimentos comerciais na zona da rua Pedro Santarém e da Avenida Afonso Henriques, em Santarém, foram destruídos durante a madrugada, ao que tudo indica apenas pelo estranho prazer de estragar a propriedade alheia.
Além dos prejuízos materiais, esta onda de vandalismo está a deixar os comerciantes e proprietários preocupados com a crescente insegurança na cidade.
João Costa, proprietário da marisqueira Jomar, foi um dos primeiros a ver o seu restaurante vandalizado, quando três indivíduos, vistos por um vizinho, destruíram a montra e um vidro da porta de entrada, fugindo de seguida.
“Não sei se foi vandalismo ou se foi tentativa de assalto, mas parece-me que nem sequer tentaram entrar”, disse à Rede Regional João Costa, acrescentando que, na mesma noite, registaram-se atos de vandalismo semelhantes noutros estabelecimentos vizinhos.
Os prejuízos provocados rondam os 4 mil euros, segundo o empresário.
Destruir a correr
Na madrugada do passado domingo, 19 de março, durante as festas da cidade, foram destruídas quatro montras e portas na Rua Pedro Santarém, ao que tudo indica por um grupo de jovens que foram partindo os vidros enquanto corriam debaixo dos arcos dos prédios.
“O alarme disparou, pouco passava das 5 da manhã. Quando cheguei, tinha o vidro todo partido. Foi puro vandalismo, porque nem sequer tentaram roubar nada”, disse à Rede Regional Fernanda Botequim, proprietária de um atelier de arranjos e costura.
Além da sua loja, houve danos junto à Pastelaria Hozel, numa porta que dá acesso a escritórios junto ao Café do Cidadão, e na padaria Avó Rosa.
Esta foi a segunda vez que partiram uma montra a Fernanda Botequim, que suportou os prejuízos da reposição do vidro.
Proprietários dizem que Santarém não é uma cidade insegura
Apesar dos episódios recentes, tanto João Costa como Fernanda Botequim consideram que Santarém é uma cidade segura.
“Mesmo sem ter apanhado quem fez isto, a polícia veio logo quando o alarme tocou. Nos outros dias, costumam passar aqui pela rua”, afirma Fernanda Botequim.
“Eu sei como a PSP opera e sei que está atenta. Fazem o que podem com os meios de que dispõem”, considera João Costa, para quem não se pode considerar que Santarém seja uma cidade insegura.
