Cerca de 200 pessoas, na sua maioria ex-combatentes, reuniram-se este sábado, 22 de abril, junto ao cemitério de Muge para a inauguração do monumento de homenagem aos combatentes desta freguesia do concelho de Salvaterra de Magos.
O monumento “não apaga a dor dos combatentes e das suas famílias, mas é um permanente reavivar da memória de todos, para que tenhamos consciência da necessidade imperiosa de evitar a guerra”, afirmou durante a cerimónia o presidente da Junta de Freguesia de Muge, César Diogo.
“Honrados sejam os que ergueram a bandeira e lutaram pela pátria” é a frase em destaque neste memorial, onde podem ainda ser observados dois painéis distintos em azulejo pintados à mão.
Um dos painéis espelha uma força militar numa cerimónia do hastear da bandeira nacional, ao passo que o outro tem a própria bandeira nacional, para além da gravação a jato de areia, numa pedra em granito, dos brasões da Liga dos Combatentes, da Junta de Freguesia de Muge e da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.
Carlos Pombo, o presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, enfatizou o facto dos muitos jovens terem regressado das suas obrigações militares com traumas, e aproveitou o momento para evocar as mulheres que “viram partir os seus entes queridos, maridos, noivos, irmãos, pais, netos e acima de tudo, os seus filhos”.
O pequeno João Pedro, de 9 anos, encerrou a cerimónia com a leitura do poema “Da Flor e Da Música”, da autoria do Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, antes de um almoço de confraternização na sede da Associação Columbófila de Muge.