O Ministério Público instaurou um inquérito a várias empresas de Vila Velha de Rodão, no concelho de Castelo Branco. A medida foi tomada após a participação de crime de poluição do rio Tejo apresentada pelo Ministério do Ambiente.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República, revela que o inquérito está a ser dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Castelo Branco, coadjuvado pela Polícia Judiciária de Coimbra, com a colaboração da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT.
Segundo a estação televisiva SIC, as empresas alvo de inquérito são a Navigator, Celtejo e Paper Prime.
Este inquérito surgiu depois do último episódio de poluição estrema no Tejo, denunciado pelo ambientalista Arlindo Consolado Marques, que levou, já na sexta-feira, o ministro do Ambiente a convocar uma reunião de emergência, em Abrantes.
O ministro reuniu-se com responsáveis da EDP, da Águas do Vale do Tejo, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e consultores da Universidade Nova, e assegurou que já foram feitas no terreno colheitas das próprias espumas, junto às Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e das indústrias.
Este sábado, seis camiões cisterna começaram a remover a espuma de poluição concentrada junto do açude em Abrantes, uma medida que autarquias e ambientalistas consideram como simples operação de cosmética.
Poluição continua
Já esta manhã, em novo vídeo publicado no facebook, Arlindo Marques volta a denunciar a persistência da poluição no rio. Veja AQUI.