Um grupo de voluntários mobilizados pelo Movimento Ecologista do Vale de Santarém (MEVS) limpou uma extensão de 3,7 quilómetros no combro da Vala Real desde a Ponte do Ferreira até à Ponte do Vale, no sábado, 7 de dezembro.
Depois desta iniciativa, que contou com o apoio da Junta de Freguesia do Vale de Santarém, do Movimento Alternativo e Ecologista EcoCartaxo e da Câmara do Cartaxo, torna-se agora possível circular a pé, de bicicleta ou de carro desde o Vale de Santarém até à foz.
Na semana passada, responsáveis de todas estas organizações reuniram na Câmara Municipal do Cartaxo, onde o presidente, Pedro Magalhães Ribeiro, mostrou disponibilidade para ajudar a resolver a questão ambiental que afeta a Vala Real / Vala d'Asseca, um problema que se estende pelos concelhos de Rio Maior, Santarém e Cartaxo.
No encontro, Manuel Sá, do MEVS, manifestou a sua preocupação em relação ao facto do curso de água continuar a receber descargas diretas de efluentes não tratados com origem em suiniculturas e unidades industriais, assim como os esgotos domésticos de uma população de cerca de 3.000 habitantes, uma vez que a ETAR do Vale de Santarém continua inoperacional.
Segundo o mesmo responsável, a limpeza completa da vala permitiria mesma a sua navegabilidade em certos troços e a prática de atividades desportivas e de lazer
O presidente da Câmara do cartaxo elogiou as iniciativas das associações ambientalistas e comprometeu-se a levar o assunto à próxima reunião da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMT), onde, juntamente com os restantes municípios, tentará aferir da possibilidade da despoluição da Vala Real ser financiada por fundos comunitários.