Segundo os próprios explicam numa nota divulgada à imprensa, esta comissão “surge na sequência da movimentação gerada pelas obras de grande envergadura iniciadas no passado dia 16 de novembro de 2020, na suinicultura existente na Rua da Fonte Nova, nesta freguesia, e cuja legalidade este grupo de cidadãos tem vindo a questionar, sem que se sinta esclarecido até ao momento”.
“Esta inquietação é agravada pelo facto de, apesar de estarem suspensas as obras no exterior, a mesma suinicultura prosseguir obras no interior dos pavilhões, cuja natureza a população desconhece, e por ter já realizado obras em 2001, na altura denunciadas por moradores e pela Junta de Freguesia, que acrescentaram cinco lagoas às duas já existentes, e cuja legalidade está igualmente por esclarecer”, acrescenta o mesmo documento.
Os moradores denunciam ainda que “apesar de ser sucessivamente afirmado por várias entidades que a exploração possui um Plano de Gestão de Efluentes Pecuários aprovado (que o Ministério da Agricultura afirma ser de 2015, a GNR de 2017 e o Ministério do Ambiente afirma estar em reformulação), o qual deverá indicar o destino dos efluentes aqui produzidos, o facto incontestável é que os dejetos resultantes de uma unidade onde são produzidos milhares de suínos estão há anos armazenados em sete lagoas a céu aberto, não impermeabilizadas e sem qualquer proteção, e das quais resulta um cheiro pestilento que inferniza a vida da população”.
Este grupo de cidadãos diz mover-se pelo “cabal esclarecimento destas situações e a exigência da reposição da legalidade, com recurso a todas as instâncias que estiverem ao seu alcance”.