Os cerca de 20 elementos que habitavam no imóvel ofereceram resistência à ordem de evacuação dada na manhã desta quinta-feira, 4 de junho, pela Câmara Municipal de Santarém, o que obrigou ao reforço da presença da PSP no local.
Os moradores alegavam não ter para onde ir, mas acabaram por aceitar a proposta de deslocação organizada pela Segurança Social, que já tinha a decorrer um processo de realojamento para estas famílias.
O comandante dos Bombeiros Sapadores de Santarém, José Guilherme, explicou à Rede Regional que esta “não foi uma ação de despejo, mas sim uma intervenção de segurança no sentido de retirar pessoas de dentro de um imóvel devoluto que pode cair a qualquer momento”.
Entretanto, as portas e janelas do rés-do-chão foram emparedadas, para impedir o acesso ao interior, e a Proteção Civil de Santarém está a fazer uma avaliação das condições de segurança do imóvel, para decidir se avança ou não para a sua demolição.
O problema neste imóvel, em pleno centro histórico de Santarém, arrasta-se há cerca de 12 anos, desde que os proprietários foram notificados para proceder a obras de requalificação do edifício, que nunca fizeram.
As más condições estruturais agravaram-se nos últimos meses, o que obrigou à retirada das famílias que, entretanto, fizeram dele a sua habitação.
No local, além dos bombeiros, estiveram técnicos dos serviços do urbanismo da autarquia, da Segurança Social, da PSP, que deslocou um efetivo reforçado, da Águas de Santarém, para proceder ao corte do fornecimento de água, e da EDP, para cortar o fornecimento de energia elétrica.
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