Coube a Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, a tarefa de colocar a primeira pedra no futuro lar residencial Casa João Manuel, da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).
O acto foi meramente simbólico porque, a bem da verdade, a obra já está em franco andamento, “concretizando um sonho que já leva 13 anos”, conforme referiu Maria do Céu Dias, a directora técnica da instituição.
O projecto para a construção de um lar para os utentes da APPACDM começou a ganhar forma quando, em 1999, a família Freire doou à instituição o terreno onde este equipamento vai ser edificado, no Cartaxo, avaliado na altura em 175 mil euros.
O local é uma antiga casa de campo na zona das Várzeas, onde cresceu João Manuel, o terceiro filho da família benemérita, que nasceu com trissomia 21. “A família Freire, que aprendeu o que significa ser diferente, ofereceu este prédio para que outras pessoas como o João Manuel possam ter um tecto e um lar”, explicou Maria do Céu Dias, agradecendo a generosidade e “todo o enorme apoio” que os ex-proprietários têm dado à concretização deste “projecto de persistência”.
Depois de quatro candidaturas chumbadas ao FEDER, PARES e POPH – em 2005, 2006, 2007 e 2009 – o lar residencial, que terá capacidade para 30 utentes, deverá estar concluído próximo do final deste ano, segundo Luís Amaral, presidente da APPACDM de Santarém.
“Durante o dia, os utentes mantêm as suas actividades nas nossas instalações no Vale de Santarém. No final, recolhem ao lar”, explicou o responsável, sublinhando a sua importância para o funcionamento da instituição e adiantando que os custos totais do projecto deverão rondar os 800 mil euros.
Em nome do Centro Distrital de Segurança Social de Santarém (CDSSS), Pedro Mota Soares deu à APPACDM a boa notícia de que o lar vai beneficiar de acordo de cooperação com a Segurança Social, em montantes que só ficarão definidos após a obra estar concluída e a valência entrar em funcionamento.
“Num momento difícil, em que estamos tão limitados em termos financeiros, conseguir verbas para um novo acordo com uma instituição é algo de muito positivo”, referiu à Rede Regional Tiago Leite, o novo director do CDSSS.