O Ministério Público (MP) não pediu a condenação do ex-comandante da GNR de Coruche, Sérgio Malacão, que está a responder no tribunal da vila por três crimes de tortura e dois de ofensa à integridade física desde o dia 19 de Março, data de início do julgamento.
Nas alegações finais, e após a inquirição de 30 testemunhas, o MP reconhecer tratar-se de um processo bastante complexo e que envolve outros dois arguidos suspeitos de agressões físicas e verbais ao militar, e considerou não ter ficado provado que o 1ª sargento tenha praticado os factos de que está acusado.
À parte do processo, o MP reconheceu a qualidade do trabalho que Sérgio Malacão realizou enquanto comandou a GNR de Coruche, e elogiou o facto do militar nunca ter deixado de desempenhar as suas funções com profissionalismo, agora que está colocado na GNR de Setúbal.
Num processo em que estão em julgamento duas versões completamente contraditórias acerca do que se passou nas festas de Coruche a 16 de Agosto de 2010, o advogado do 1º sargento salientou que os testemunhos produzidos em sede de audiência são mais que suficientes para provar a sua inocência, tendo também sido notório, a partir das contradições exploradas pela defesa, que alguns dos que foram ouvidos em tribunal mentiram acerca dos factos.
Por sua vez, o advogado que representa os dois feirantes acusados de ofensa à integridade física, ameaça e injúria sobre Sérgio Malacão sublinhou que os seus clientes foram claramente vítimas do militar.
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