Vinte e quatro pessoas, entre as quais quatro militares da GNR, começam esta quinta-feira a ser julgadas no tribunal de Santarém num processo de furto e recetação de metais e simulação de acidentes.
Os suspeitos são acusados de participarem num esquema que levou ao furto, entre junho e outubro de 2014, de mais de 20 toneladas de inox e alumínio (essencialmente sucata, mas também peças novas) de uma empresa de Samora Correia, sendo que entre os arguidos se encontram também responsáveis de duas empresas que funcionariam como recetadoras.
O principal arguido, que se encontra preso preventivamente em Tomar desde outubro de 2014, é um militar da GNR acusado de ser coautor de várias dezenas de crimes, entre os quais 20 de furto qualificado, um de furto na forma tentada, cinco de peculato de uso, seis de falsificação qualificada, quatro de abuso de poder, três de corrupção passiva e um de burla.
O mesmo militar está ainda acusado da autoria material de um crime de violação do dever de sigilo na forma consumada, de um crime de peculato e de um crime de uso de documento alheio, bem como de ser instigador de um crime de abuso de poder e de outro de falsificação qualificada.
Segundo a acusação, o militar usava o facto de fazer segurança na empresa alvo dos furtos para combinar os momentos em que estes ocorriam.
