O Tribunal de Santarém deu como genericamente provados todos os factos constantes na Acusação do Ministério Público (MP), ou seja, que o arguido, de 65 anos e com graves problemas de alcoolismo, sujeitou a ex-mulher a cerca de 30 anos de agressões e humilhações verbais, num casamento que terminou no início de 2020 após um tremendo espancamento.
Nessa ocasião, a vítima foi transportada pelos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Zêzere, concelho onde residiam, ao Hospital de Tomar, onde foi assistida aos graves ferimentos que apresentava.
O caso foi reportado à GNR e a mulher foi afastada do agressor, que já tinha sido investigado em dois processos anteriores, em 2013 e 2014, por injúria e violência doméstica, tendo sido ambos arquivados.
Neste caso, além do crime de violência doméstica, o arguido foi ainda condenado à proibição de contatos com a vítima e à inibição de uso e porte de armas, além do regime de prova que vai ter que fazer para manter a suspensão da pena.
De acordo com o processo que foi julgado, o homem não só ameaçava a ex-esposa com a faca de matar porcos, dizendo que a esventrava a ela e aos amantes que lhe inventava, e dizia várias vezes, perante alguns dos seis filhos do casal, que queria ir para a prisão porque “comia e bebia de borla” e não tinha que sustentar a família.
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