Os menores, hoje com 6, 11 e 12 anos, eram espancados à bofetada e agredidos no corpo com um cinto quando se portavam mal, e chegaram a ser obrigados a ajoelhar-se sobre pedras, com os braços no ar, durante largos minutos.
As sevícias eram impostas pela mãe, de 31 anos, e pelo homem com quem se juntou em abril de 2018, e que, mesmo sem ser o pai dos menores, era extremamente agressivo e violento, sobretudo quando estava alcoolizado.
O arguido, de 33 anos, chegou a colocar os três menores fora de casa, tal como a mãe os obrigou a passar fome, como castigo, segundo a Acusação do MP, a que a Rede Regional teve acesso.
O caso foi detetado em fevereiro de 2020, quando um dos menores precisou de receber tratamento hospitalar após se ter magoado na escola, a jogar futebol.
No hospital, os médicos repararam nas marcas de agressões em várias partes do corpo da criança, tendo reportado as lesões às autoridades, que depois mandaram examinar os dois irmãos.
Na sequência, as crianças foram retiradas ao casal, que reside em Santarém, e estão atualmente à guarda de uma instituição no distrito.
Neste processo judicial, o MP pede ainda como pena acessória a inibição do poder paternal à mãe, que é de nacionalidade romena, tal como o companheiro e arguido.