Seg, 17 Fevereiro 2025

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Mãe de jovem assassinado revoltada com sentença

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A mãe de Filipe Diogo, o jovem de 14 anos assassinado por Daniel Neves em Salvaterra de Magos, exprimiu a sua “enorme revolta” com a pena de 17 anos e 6 meses de cadeia aplicada ao homicida confesso do seu filho.

“Vou recorrer porque não me conformo com menos de 20 anos de prisão. Parece que toda a gente se esqueceu que foi o meu filho que morreu”, afirmou Ana Diogo, muito perturbada, à saída do Tribunal de Santarém, onde esta sexta-feira, 22 de abril, foi lido o acórdão que considerou Daniel Neves, de 17 anos, culpado dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.

“Hoje começa uma nova etapa na minha vida, que é fazer tudo, mas tudo para ver o Daniel pagar por aquilo que vez. Não quero saber do dinheiro para nada”, acrescentou a mulher, garantindo que fará uma greve de fome “até morrer à porta do tribunal” caso o Tribunal da Relação não agravar a pena ao jovem arguido.

“O Filipe não é nenhuma vítima da sociedade. Ele esteve a gozar connosco e ainda consegue sair daqui a rir-se”, considerou ainda Ana Diogo, visivelmente alterada, após ter ouvido a decisão do coletivo de juízes sentada entre o público.

Dos 288 mil euros de indemnização cível pedidos pela família de Filipe Diogo, o Tribunal de Santarém decidiu-se por condenar o arguido ao pagamento de 145 mil euros, sensivelmente metade do valor peticionado.

Coletivo de juízes censura “frieza” e “ausência de arrependimento”

santaremhomicidiosalvaterrajulgamento01Para o Tribunal de Santarém, resultou provado que Daniel Neves “agiu motivado pela satisfação dos seus instintos agressivos”, no contexto de uma briga em que nada justificava “a violência atroz” com que o homicídio foi cometido.

O coletivo presidido pela juíza Raquel Rolo alterou a motivação do crime, considerando que ocorreu não por motivos fúteis, como vinha descrito na acusação do Ministério Público, mas sim no contexto de uma divida gerada por um negócio de aquisição de haxixe que não correu como o esperado.

Para justificar a pena, o coletivo de juízes sublinhou a “grande frieza e crueldade” exibida pelo homicida confesso na execução e ocultação do cadáver de Filipe, a “total insensibilidade” ao mentir na cara dos familiares mais próximos para os despistar aquando das buscas pelo jovem, e a “ausência de arrependimento” exibida durante todo o julgamento. “Esta decisão é fruto das suas ações”, disse ao arguido a juíza Raquel Rolo, criticando o seu “ar impávido e sereno” ao escutar uma sentença “que lhe diz que vai passar tantos anos preso quantos tem de vida”.

Tal como tinha sido pedido pelo Ministério Público nas alegações finais, o coletivo de juízes optou por não atribuir o regime especial para jovens ao arguido.

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