Largas dezenas de objectos fúnebres valiosos foram furtados do cemitério de Fráguas, no concelho de Rio Maior, de onde os autores do crime levaram lanternas e jarrões em cobre e bronze, floreiras, imagens, cruzes de metal e outros artigos de arte sacra.
“Os ladrões sabiam bem o que estavam a fazer, pois interessaram-se apenas pelos objectos em metal, mais valiosos. Os mais baratos e as imitações de plástico deixaram-nas cá”, afirmou à Rede Regional o presidente da Junta de Freguesia, José Azenha Santos, a quem roubaram uma lanterna avaliada em 250 euros que a esposa tinha colocado há apenas duas semanas, na campa do pai.
A falta dos objectos foi detectada pelo coveiro contratado para fazer a manutenção do cemitério na sexta-feira, 31 de Agosto, mas desconhece-se ao certo quantas madrugadas os amigos do alheio terão estado no interior do espaço. Como o portão está sempre fechado à chave, as autoridades presumem que os ladrões terão saltado ao muro e utilizado mais do que uma viatura para transportar todo o material.
No sábado, 1 de Setembro, a GNR de Rio Maior esteve no cemitério a ouvir parte dos lesados e a tentar inventariar os objectos em falta. Só será possível ter a ideia exacta do valor total do furto e do número de campas assaltadas até todos apresentarem queixa, explicou José Azenha Santos.
Entretanto, vários familiares optaram até por retirar os artigos mais valiosos da campa dos seus entes, pois o cemitério, localizado numa das entradas da aldeia, não tem moradores por perto e situa-se num local difícil de vigiar.
“Este tipo de crimes mostram um total desrespeito pela memória e pela intimidade das pessoas”, lamenta José Azenha Santos, dando conta que a população da aldeia está “bastante alarmada” com o sucedido. “Foi a primeira vez que o cemitério foi assaltado, mas nós nunca esperámos passar por uma situação destas”, acrescentou o autarca local.